Nasceu na vila de Conceição do Capim, viveu sua infância em Expedicionário Alício, e para realizar seus estudos foi em 1963 para a Universidade de São Paulo para estudar economia até 1967. No mesmo ano, casou-se com a pianista Lélia Deluiz Wanick. Eles se engajaram no movimento de esquerda contra a ditadura militar e eram amigos do líder estudantil e revolucionário Carlos Marighella. Depois de emigrar em 1969 para Paris, ele escreveu uma tese em ciências econômicas, enquanto a sua esposa ingressa na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris para estudar arquitetura. Salgado inicialmente trabalhou como secretário para a Organização Internacional do Café (OIC), em Londres. Em suas viagens de trabalho para a África, muitas vezes encomendado conjuntamente pelo Banco Mundial, ele fez sua primeira sessão de fotos com a Leica de sua esposa. Fotografar o inspirou tanto que logo depois ele tornou-se independente em 1973, como fotojornalista e, em seguida, voltou para Paris.
Em 1979, depois de passagens pelas agências de fotografia Sygma e Gamma, entrou para a Magnum. Enarregado de uma série de fotos sobre os primeiros 100 dias do governo Ronald Reagan, Salgado documentou o atentado a tiros cometido por John Hinckley Jr. contra o então presidente dos Estados Unidos no dia 30 de março de 1981, em Washington. A venda das fotos para jornais de todo o mundo permitiu ao brasileiro financiar seu primeiro projeto pessoal: uma viagem à África.
Seu primeiro, Outras Américas, sobre os pobres na América Latina, foi publicado em 1986. Na sequência, publicou Sahel: O "Homem em Pânico" (também publicado em 1986), resultou de uma longa colaboração de doze meses com a ONG Médicos sem Fronteiras cobrindo a seca no norte da África. Em 1986 e 1992, ele concentrou-se na documentação do trabalho manual em todo o mundo, publicada e exibida sob o nome "Trabalhadores Rurais", um feito monumental que confirmou sua reputação como foto documentarista de primeira linha. De 1993 a 1999, ele voltou sua atenção para o fenômeno global de desalojamento em massa de pessoas, que resultou em Êxodo e Retratos de Crianças do Êxodo, publicados em 2000 e aclamado internacionalmente.
Na introdução de Êxodos, escreveu: "Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores, línguas, culturas e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são semelhantes. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas...". Trabalhando inteiramente com fotos em preto e branco, o respeito de Sebastião Salgado pelo seu objeto de trabalho e sua determinação em mostrar o significado mais amplo do que está acontecendo com essas pessoas criou um conjunto de imagens que testemunham a dignidade fundamental de toda a humanidade ao mesmo tempo que protestam contra a violação dessa dignidade por meio da guerra, pobreza e outras injustiças.
Ao longo dos anos, Sebastião Salgado tem contribuído generosamente com organizações humanitárias incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ONG Médicos sem Fronteiras e a Anistia Internacional. Com sua mulher, Lélia Wanick Salgado, apoia atualmente um projeto de reflorestamento e revitalização comunitária em Minas Gerais.
Em setembro de 2000, com o apoio das Nações Unidas e do UNICEF, Sebastião Salgado montou uma exposição no Escritório das Nações Unidas em Nova Iorque, com 90 retratos de crianças desalojadas extraídos de sua obra Retratos de Crianças do Êxodo. Essas impressionantes fotografias prestam solene testemunho a 30 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria delas crianças e mulheres sem residência fixa. Em outras colaborações com o UNICEF, Sebastião Salgado doou os direitos de reprodução de várias fotografias suas para o Movimento Global para Criança e para ilustrar um livro da moçambicana Graça Machel, atualizando um relatório dela de 1996, como representante Especial das Nações Unidas sob o Impacto dos Conflitos Armados sobre as Crianças. Atualmente, em um projeto conjunto da UNICEF e da OMS, ele está documentando uma campanha mundial para a erradicação da poliomielite.
Sebastião Salgado foi internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos os principais prêmios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, "As Imagens da Amazônia", que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua esposa Lélia, autora do projeto gráfico da maioria de seus livros, vivem atualmente em Paris. O casal tem dois filhos, o maior dos quais, Juliano Ribeiro Salgado, dirigiu o documentário "O Sal da Terra" sobre o seu pai e Wim Wenders em 2014.
"Ou você tem uma fotografia que ela sozinha conta a história sem legenda, sem nada, ou você não tem a fotografia". (Sebastião Salgado)
Inferno no Kwait, 1991
Menina em Ruanda, 1991
Mina de Ouro de Serra Pelada
Mina de Ouro de Serra Pelada
Da série "Êxodus", tributo à migração em massa causada pela fome, degradação ambiental e pressão populacional.
1986
Pastores conduzindo seus gados no sul do Sudão
Do livro "As Crianças"
- Série de imagens tiradas de crianças de várias partes do mundo que vivem em condições precárias.
Do livro "As Crianças"
Série Gênesis
Série Gênesis
Série Gênesis
Campo de Refugiados, Ruanda, Tanzânia (1996)
Mali, 1985
Nômades a caminho do lado de Faguibin
Série Gênesis
Série Gênesis
Um dos últimos trabalhos do artista
Do livro "As Crianças"
- Joceli Rocha, 1996, Brasil
- Joceli Rocha, 1996, Brasil
Menina de uma das familias de "sem terra".
Saara, Algéria, 2009
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebastião_Salgado
Aula Magna - Sebastião Salgado
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