sexta-feira, 29 de maio de 2015

Cinema: CHARLIE CHAPLIN



Charles Spencer Chaplin, mais conhecido como Charlie Chaplin (Londres, 16 de abril de 1889 - Corsier-sur-Vevey, 25 de dezembro de 1977), foi um ator, diretor , produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino, roteirista e músico britânico. Adquiriu popularidade graças a seu personagem Carlitos em muitos filmes do cinema mudo. A partir de então, é considerado um símbolo da comédia e do cinema mudo. Ao final da Primeira Guerra, era um dos homens mais reconhecidos da cinematografia mundial.

Seus pais também estiveram envolvidos no mundo do espetáculo, especialmente no gênero do music-hall. Charles estreou com a idade de cinco anos, substituindo sua mãe em uma atuação. Em 1912 já havia atuado com a companhia teatral de Fred Karno, com quem percorreu diversos países.

Com seu personagem Carlito, estreou em 1914 o filme Carlitos Repórter e durante esse ano rodou 35 curta-metragens, entre eles Dia Chuvoso (ou Carlito e o guarda-chuvas), Carlitos Dançarino e Joãozinho na Película. Sem dúvida, os filmes mais destacados de Chaplin foram A Corrida do Ouro (1925), Luzes da Ribalta (1931), Tempos Modernos (1936) e O Grande Ditador (1940). Suas técnicas incluíam pastelão, mímica e demais recursos da comédia visual. Em meados da década de 1910 passou a dirigir a maioria de seus filmes, em 1916 se encarregava da produção, e a partir de 1918 compôs a música para suas produções. Em 1919, junto com Douglas Fairbanks, David Wark Griffith e Mary Pickford, fundou a United Artists.

Ao longo de sua vida, Chaplin recebeu múltiplos reconhecimentos e títulos. Foi premiado por duas vezes com o Oscar Honorário, em 1928 e 1972, foi indicado ao prêmio Nobel da Paz em 1948, foi distinguido com a Ordem do Império Britânico em 1975 e foi colocada uma estrela com seu nome da Calçada da Fama em Hollywood em 1970. Em 1952, após uma série de problemas políticos que o envolviam com o comunismo e com a realização de atividades americanas, teve de se exilar na Suíça, onde passou o resto de seus anos. Ainda que a quantidade de produções à época houvessem diminuído, filmou Um Rei em Nova Iork e A Condessa de Hong Kong, seus últimos trabalhos. Faleceu no Natal de 1977.

Chaplin se casou por quatro vezes - com Mildred Harris, Lita Grey, Paulette Goddard e Oona O'Neill -, e atribuiram-lhe noivados com mais outras oito atrizes de sua época. Três de seus filhos, Josephine, Sydney e Geraldine, também se dedicaram ao mundo do espetáculo.

"O assunto mais importante do mundo pode ser simplificado até ao ponto em que todos possam apreciá-lo e compreendê-lo. Isso é, ou deveria ser, a mais elevada forma de arte". (Charles Chaplin).


Sobre o filme "O Grande Ditador":

Chaplin era o único cineasta que continuava fazendo filmes mudos quando o som já estava plenamente implantado no cinema e esse foi seu primeiro filme sonoro e de maior êxito.

No momento de seu lançamento, os Estados Unidos ainda não havia entrado na Segunda Guerra Mundial, mas o filme já era uma feroz e controvertida condenação ao nazismo, ao fascismo, ao antissemitismo e às ditaduras em geral. Chaplin recebeu pressões para que o filme não fosse realizado, tanto por parte da embaixada alemã nos Estados Unidos como de sua produtora, United Artist, a qual estava recebendo ameaças de boicote. A política americana era neutra até então, e repudiavam produções anti-hitlerianas. Ainda assim, com tudo isso e com as críticas negativas da imprensa, em particular com respeito ao discurso final, esse foi o filme de Chaplin que maior arrecadação conseguiu. Por esse filme e por suas ideias, Chaplin seria perseguido pelo Comitê de Atividades Antiamericanas, tendo que fugir dos Estados Unidos.

Chaplin interpreta dois papeis, o do ditador Adenoid Hynkel (clara paródia de Adolf Hitler) e do barbeiro judeu. Este último, por sua semelhança com o ditador, é confundido e levado a fazer o discurso da vitória em lugar daquele. Ao final do discurso, ele manda uma mensagem a Hannah, mulher por quem está enamorado: "Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!" O filme termina com Hannah olhando para cima, com um sorriso no rosto.

O longa-metragem recebeu cinco indicações na 13ª edição do Prêmio Oscar, porém não levou nenhuma premiação. O filme não estrearia na Alemanha até 1958, ainda que, segundo alguns, era um dos filmes prediletos que Hitler tinha em seu cinema particular. Em sua autobiografia, publicada em 1964, Chaplin disse que se houvesse tido consciência do horror que seria a Segunda Guerra Mundial e a crueldade com que os nazistas aplicariam suas teorias nazistas, não teria feito o filme.


Abaixo trecho do filme "Tempos Modernos"  e o discurso final em "O Grande Ditador".

http://pt.wikipedia.org/wiki/Charlie_Chaplin


Tempos Modernos - Cena da Fábrica - Legendada




Discurso de Charlie Chaplin em "O grande ditador" legendado em português

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